domingo, 26 de setembro de 2010

Muito bom.

http://vanessakrodrigues.blogspot.com/2009_07_01_archive.html

Muito bem, ao acessar esse blog vocês irão procurar o texto chamado Romance. Um best-seller de fato. Muito bom o texto. Eu particularmente gostei, fiquem à vontade e tirem suas calças e máscaras ao lê-lo.

Façam um tour pelo blog e conheçam a encantadora mente de Vanessa Rodrigues. Minha amiga :)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Findar-se

Foi no dia em que decidiu sair dali. Sabia muito pouco, não sabia quase nada, mesmo assim decidiu sair dali. No outro lugar: um mundo de mudanças confusas e descontroladas. Falava-se sobre globalização, capitalismo, violência, inflação, tecnologia, auto-sustentação, DNA. Agora sabia muito mais e ficava aflito. A ignorância trata-se de bênção. Sabido de algo decidiu sair dali. Já não era tão leigo e por isso decidiu sair dali. Em outro lugar: uma vida com liberdades cativas. Fazia sexo sempre que queria, usava drogas sempre que conseguia, saltava de festa em festa. A euforia o consumia... Agora só e cansado resolveu sair dali. A efemeridade o encontrou, tão logo resolveu sair dali. Em lugar algum: não encontrou uso para tanta sabedoria, o sexo não o acalentava, as festas não mais o divertia e as drogas o aprisionara. Havia conservado os amigos errados. Sozinho e desolado viu que no mundo tinha feito as escolhas erradas. Tolo. Nunca soube de nada. O mundo era coisa ampla e nele cabia tudo o que ele pudesse refletir. Viu que seu reflexo era fútil e pouco sentimental.Passou sua vida indo à lugares errados. No dia o qual percebeu que o lugar errado era ele: foi no dia em que decidiu sair dali. Sabia muito pouco, não sabia quase nada. Agora, silencioso, não está nem aqui, nem acolá; está morto. Decidiu sair dali, decidiu sair de si. Thuanny Maryna.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma rapidinha

Mudar, é claro, é preciso. Mas nunca me disseram que seria agradável. É que mistura o medo do novo com o apego ao velho. Mesmo que aquilo não lhe caiba mais, você fica pensando o porquê de não caber mais... Enfim. Mas mudar é preciso e digo mais: inevitável. Mudem, mude, mas não esqueça que em algum lugar do "quem sou" existe o "quem era". Ser é um conjunto de "estar".



Escrito para Gustavo Mourato e escrito aqui graças a VanessaK.
O final está meio solto: não gosto de ficar mecanizando as produções. Saiu, saiu, fim.

sábado, 11 de setembro de 2010

As saudades são muitas e as distancias também

Ah, só de imaginar que estarei por aí... Comecei a comprar as aspirinas, as neosaldinas, os lexotans...
Já posso imaginar as brigas que arrumaremos, os filmes que assistiremos e os assuntos que estudaremos juntas. Já imagino minhas noites brigando por um espaço no seu colchão, por um pedaço do seu edredom, por um pouco de atenção. Imagino também as brigas pelo controle da televisão, os murmúrios enciumados pela mãe, as disputas para não fazer os 'mandados' do pai...
Só de imaginar sinto o cheiro do travesseiro, escuto o cachorro latindo em desespero, lembro do espelho do banheiro. Só de imaginar me ponho feliz. Só de imaginar! Imagina, meu Deus, quando eu chegar aí! (?)

Saudade da minha irmã, esperávamos juntas o papai noel!
Viver longe da família é esquisito: é sentir saudades de estar preso e sufocado por estar livre. É bom crescer, mas na hora certa.

Nós, nós mesmos e o alinhamento dos planetas





Eu já comentei sobre o livro entitulado acima, resolvi colocar aqui seu esboço. Confesso que tive certa preguiça de editá-lo ou continuá-lo, mas nada ainda está perdido... Só um pedacinho:

Oi. Somos três. Não sabemos como começar um livro, mas gostaríamos de escrever uma história sobre mudanças.
Vamos tentar começar com as nossas apresentações: Rayanne, altamente bagunçada, desorganizada, medrosa e infantil; Namora Igor (um carinha aí que caiu de quatro por ela); não sabe ser sociável, mas gostamos dela. Thuanny, a senhora explicações (a propósito: ela deve estar nesse momento explicando o motivo de estar fazendo um livro); lenta (e agora deve estar argumentando que a pressa é a inimiga da perfeição); muito saliente, cheia de não-me-toques e tem medo de rã. Raíssa, extremamente estressada e birrenta; entendê-la é complicado: hora ela quer o que quer, hora quer o querem que ela queira; enjoa fácil da vida e tem espírito aventureiro.
Três pessoas diferentes. Isso basta. No entanto juntas revolucionamos o mundo (ou pelo menos o nosso).
E agora? Como continuaremos? Vamos pelo método menos criativo: tal qual os contos de fadas...
Era uma vez três garotas que moravam no paraíso chamado Serra Talhada (e os três pontinhos ficam por conta da sua imaginação). Explicar tudo isso levaria muito tempo e sua paciência ia esgotar-se facilmente, portanto eu, Thuanny irei começar de um ponto meio estratégico: nossa chegada ao Recife, a capital do nosso estado.
Estudávamos juntas. Raíssa e Rayanne possuem laços mais duradouros, desde a oitava série (conhecida também como nono ano do ensino fundamental), eu cheguei na época do primeiro ano do ensino médio. Fazíamos parte de uma turma bem peculiar, a nomeávamos de octeto. Oito adolescentes com medo do inevitável: mudança.
O ensino médio chegou ao fim e era hora de traçar um futuro, alguns de nós ingressaram na faculdade, outros em cursinhos e matérias isoladas e a vida seguiu...


Nem configura um capítulo, é só o começo de um. Entretanto nós nem sabemos se já vivemos o fim do capítulo, quem dirá o livro todo, logo ele pode vir a ser escrito qualquer dia desses. Seria meu sonho. Talvez, quem sabe um dia, eu o sonhe tanto a ponto de agir.






sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"Protetora e desprotegida, sempre"

Meu Deus, um blog não é algo legal para mim. Vejam só! Ele mofa por um tempo, então eu volto. Ele cria teia de aranha, então eu volto. Coisa mais largada. Esse ínfame vestibular, fico inconstante. (Eu e meu incrível hábito de usar outras coisas pra justificar minha volatilidade e inconstância...). Vamos ao que interessa:
Eu estou abalada e por esses dias, aparentemente, estão todos ao meu redor tão atarefados e ocupados com os próprios problemas pessoais e com o encaminhamento das suas vidas. Eu deveria fazer o mesmo. Falei certo: deveria...
O vestibular volta a vociferar à minha mente, agora já nem assusta mais. Ele veio gritando desde o inicio do ano e dessa vez eu tentei não tapar meus ouvidos. (p.s Ele com letra maiúscula sim, porque o endeusamento que é feito em volta dEle! Enfim, deus ou cânone, a letra maiúscula enfatiza o respeito - alheio, sou atéia por esse ângulo-)
... Voltando: à beira de uma crise existencial branda eu exponho minhas palavras no papel, assim parece que eu estou desabafando. Não que eu esteja só, pelo contrário, moro em uma pensão repleta de boas pessoas (nem todas, mas generalizar virou moda); eu só não quero desocupá-las com ideias e pensamentos bobos.
São tantos assuntos rondando minha cabeça: vestibular, amor, relacionamentos, finanças, amigos, futuro, profissão etc; coisas de uma vida inteira. Cada vez que absorvo a gama de conteúdos da grade escolar eu torno mais difícil absorver esses temas corriqueiros. Tão logo eles pairam sobre mim, tão logo eu esvazio.
Eu, particularmente, não consigo achar meu dom de forma que o focalize em uma carreira promissora e satisfatória. Algo que eu deveras fizesse com destreza e deveras fosse útil. Decorar um quarto conforme uma personalidade e criatividades não é dom, é ócio produtivo. Fazer festas com amigos não é talento é comodismo. Escrever de forma expressiva algo meio autobiográfico não é dom, é realidade. São coisas que todos podem realizar, basta-se querer.
Eu preciso achar algo, mas antes devo achar a mim mesma como um objeto esquecido em alguma estante dos meus pais. Entre meus rabiscos encontrei certa frase :
"Para onde fui, ou onde fiquei que não me acompanhei? Louca pra fugir de mim."
Pode ser de minha autoria, já comecei uma pesquisa para achá-la, porém se ela não foi escrita por mim que ela é minha, é. Sou eu bem ali, nas entrelinhas.