sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MMXI


Eu nem sei se hoje é quinta ou sexta-feira, de repente parece não existir tempo-espaço, só minha pequena alegria matinal e ela parece bastante.
Ah, hoje é sexta-feira e em um passe de mágica eu trouxe mim mesma de volta! Agora consigo lembrar... MMXI, ano novo.
O ano novo pressagia... Prenuncia a compra de um novo calendário. Famílias relutantes irão unir-se em volta do espumante, ostentando união nunca antes vista. Os trajes brancos e corações vermelhos, enquanto as mentes vestem a cor que desejarem. A mãe usa verde, pois busca saúde e força física para amparar os filhos e marido. O pai veste marrom na busca da estabilidade e segurança. Os filhos enchem-se com rosa, vermelho e dourado. E assim vem a avó, a tia solteirona, o avô, o tio todo poderoso, os primos esquisitos... Todos ali, unidos e reunidos.
Nada demudará, fora a noite que, não surpreendentemente, irá amanhecer. Este novo não engana: continuação em 3D do velho. Quantas novas metas serão escritas nas páginas iniciais das agendas? Pergunto-me de que adianta tanto fulgor por fora se por dentro seus medos ainda são os mesmos? Se sua preguiça continua ali, e não me venha com papo de dieta e de malhação! Se o rancor você guardou, sem história de pessoa melhor! O ano novo não é um elfo mágico realizando todas as suas aspirações. O ano novo é uma chance simbólica de marcar um início, de sacudir a poeira, de levantar.
Nada me garante que a família ali reunida com o espumante não irá passar a ostentar uma união dali em diante. Nada me garante a paz pedida, nem os desejos realizados, nem a força necessária. Coisa alguma é incerta, quem dirá certa! É nos dado, somente, o direito de organizar o nosso recomeço.










(Eu estava ansiosa por escrever aqui, qualquer coisa que fosse... Desculpas pela demora e por isso aí em cima...) :) Feliz ano novo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Há de haver um céu (homenagem)

Há de haver um céu, onde nele se vejam coisas estupendas...
E ao mesmo tempo horrendas, pedaços e encalços de seu obscuro passado.
Neste instante não entendo, ao certo, se o que pensei foi minha escuridão manifestada ou qualquer outra idéia inacabada...

Há de haver um ar que, ao se inspirar, traga nostalgia, traga tempos remotos, quietos, pacatos...
Onde neste tempo e instante sejam perpétuos, onde tanto outros “s” sejam lembrados por sua existência em palavras com seu chamativo...
Não creio que desta vez tenha conseguido diferenciar meu intimo de meu ego, talvez nem saiba de certeza o que significa, assim como sua significância, relevância e qualquer outra coisa que termine em ânsia.

Há de haver uma época, tempo, instante onde nós queremos estar e de lá nunca mais sair, por mais simples que seja, por mais pobre em decorações que esteja, apenas contemplar este momento em questão, sem questioná-lo, ou ao menos julgá-lo errado, vivendo, deixando, como já disse uma querida, ponto finais de lado...
Tenho dúvidas em minhas conclusões, pois, por mais coerentes que estejam nunca chegam ao que realmente quero entender, e assim perpassar.

LEITÃO, Ivan Sá

*-* para mim :)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aspirar à felicidade, atchin


Aspirei a felicidade e espirrei sem querer
Incomodou a garganta e o nariz, espirrei!
Saiu rápido e deixou uma sensação estranha no fim
Aspirar a felicidade fez cosquinha e me fez sorrir
Mas [também] espirrar, semi-autônomo, fez ruído
Fechei as pálpebras e o som surgiu meio dó sustenido
O olho fechado protegeu meu ducto lacrimal [nada de sumo agora]
Aspirar foi moleza
Afinal tinha um cheiro bom
Não lembro bem.
Era aroma de lembranças com...
(AH! Deixa-me ver!)
Com cheiro de agora, de efêmero com planos e euforia
Aspirei a felicidade e contrai um baita resfriado
Senti frio, tontura e o nariz corizou [era sumo dos olhos - as pálpebras cerradas!]
Bem disseram:
Para desgostar do que se tem
É só conhecer o melhor...
A propósito: alguém por aqui espirrou? Preciso aspirar a tal criatura (vide início)
Atchin!!!
-Saúde!
-Não, felicidade!