sábado, 6 de agosto de 2011

Nada que valha a pena !

Você vem sumindo faz tempo de mim, fugindo. Você vem sumindo faz tempo de mim, te apagando. É o sinal, sempre o sinal, dizendo que não é pra ser. Sempre sou eu batendo o pé, formando o bico e fazendo a birra, gritando querer o que não se pode, o que não se tem, o que não se terá.
Imaginei um encontro, "desses encontros casuais" (nunca fiquei satisfeita com encontros casuais!)... Você me vendo sem enxergar, querendo achar o que eu deixei partir faz tempo. Nesse devaneio você queria me ver e me achava cansada, cansada de muita coisa, inclusive do pouco de você. Mas era devaneio.

Hoje eu precisava salvar minha alma, mesmo que fosse escrevendo isso. Qualquer coisa pra me esquecer por alguns segundos e ver Alice, que a tempos não via. :)

"Partida" de novo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Costumes

Eu pensei que pudesse esquecer certos velhos costumes
Eu pensei que já nem me lembrasse de coisas passadas
Eu pensei que pudesse enganar à mim mesma dizendo
Que essas coisas da vida em comum não ficavam marcadas
Não pensei que me fizessem falta umas poucas palavras
Dessas coisas simples que dizemos antes de dormir
De manhã um "bom dia" na cama a conversa informal
O beijo, depois o café, o cigarro, o jornal
Os costumes me falam de coisas e fatos antigos
Não esqueço das tardes alegres com nossos amigos
Um final de programa, fim de madrugada,
O aconchego na cama, a luz apagada
Essas coisas só mesmo com o tempo se pode esquecer
Então eu me vejo sozinha, como estou agora e respiro toda liberdade que alguém pode ter
De repente ser livre até me assusta
Me aceitar sem você certas vezes me custa

Como posso esquecer dos costumes se nem mesmo me esqueci de você?


Composição: Roberto Carlos/ Erasmo Carlos

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Seu nome ainda é Daniel.

Eu sempre começava um texto explicando o porquê de estar escrevendo, dizendo como foi complicado começar, o que acontecia quando decidi escrevê-lo. Eu era sempre tão previsível. Posso ser do mesmo jeito ainda, mas acredito ter mudado. Sou uma nova Thuanny. Uma nova Thuanny que escolheu não sentir, que desistiu de escrever porque começou a desistir de sonhar os sonhos e optou por sonhar realidades. Tavez tivesse virado adulta e agora viver a correria do dia-a-dia fosse muito cansativo e ela só tivesse tempo livre pra ocupa-lo com não fazer nada.
Esse blog deveria estar desativado, assim como a velha MIM MESMA, porém as coisas nunca se vão. Eu aprendi.
Muita coisa sempre vai acontecendo e é inevitável. Ficar sozinha por um tempo não assusta mais, fico até orgulhosa por deixar entrar um pouco de solidão, as vezes até tenho medo de estar deixando entrar solidão demais. Vivo tentanto achar o ponto de equílibrio entre o que eu era e o que decidi me tornar, as duas coisas beiram extremos que doem e a dor é algo que quero incansavelmente evitar.
Então aqui estou eu, sozinha em casa, um período da universidade quase terminado, poucos vazios, tudo organizado, cheia na quantidade certa como há muito tempo não conseguia fazer. Então eu perco alguém, perco de verdade, perco sem a metáfora. Então me percebi assim, chorando feito criança cuja mãe foi trabalhar e notei que foi a primeira vez, em toda a minha vida, que chorei feito adulto.
Antes não era assim, mas parece que cada coisa que eu faço lembra ele. Eu sempre via e ouvia isso dos outros e nos filmes e novelas, mas não fazia ideia de como era sentir. Saber que não vou ouvir aquelas piadinhas decoradas, aquelas manias, tudo tão previsível. Tudo era tão dele e agora tão sem sujeito, me obrigo a  pensar se os predicativos valem.
Ele se perdeu, ele não era meu, era dele próprio e lutou até se esgotar.

O dia já tinha amanhecido apagado e eu estava preocupada com ele, mesmo sem querer estar. O telefone tocou e eu já sabia o que iam dizer só em ver o nome no identificador de chamada, mas eu precisava ouvir a frase, a frase que eu esperava ser a corriqueira como: Daniel morreu, Daniel não aguentou... Ouço uma voz, doce, firme e calma de uma mãe preocupada em como dar a notícia a sua filha e diz: Daniel nos deixou.
Não! Ele não não nos deixou, ele nunca faria isso! Ele se deixou, se deixou depois de usar a última força existente nele para não nos deixar. Eu chorei.
Eu chorei.
Eu vi tantos ombros me amparando, tantas mãos me tocando, tantos abraços e tantas vozes dizendo que foi melhor, o sofrimento havia acabado e agora ele estava descansando que eu pensei se ele não poderia ter descansado na cama da casa dele. Aquele caixão parecia apertado e tantas pessoas murmurando ao redor pareciam incomodar seu sono, até a luz estava acesa. Em casa teria um cobertor e ele poderia me fazer cafuné como fazia antes da doença, se quisesse. Mas minha mãe tinha dito a frase mais triste que já ouvi, de verdade: Daniel nos deixou, e eu não sei como desfazer a frase. Não sei.


Contei o acontecido a um amigo e ele perguntou:
-Qual era o nome do seu tio?
-Era Daniel- respondi.
O verbo no passado não foi justo, os dias passam, pessoas não. Eu chorei. O amigo pediu pra não chorar, afinal a vida é assim mesmo, sorri meio amarelo. Eu não disse a ele, mas eu sei que a vida é assim e eu sei que não posso fazer nada além de chorar, porque se houvesse algo mais a se fazer eu faria. Chorar é o que me resta e se é isso que posso fazer por ele então farei, farei incansavelmente. Ele ainda é meu tio, ainda é Daniel, ainda conta piadas e ainda é e será muita coisa até o dia que eu me deixar, então vou levá-lo comigo.

sábado, 14 de maio de 2011

ELA

O dia está só começando e eu também, ela disse enquanto percorria o corredor com os pés nus e o coração agasalhado. Deixou o sol beijar de leve o rosto e decidiu: eu vou lutar!


(Micro texto antigo, não configura uma recaída)

domingo, 1 de maio de 2011

Argh!

Alice ficou parada. O blog ficou parado. Minha vida? Nunca!

Pensei em deletar minha conta, mas não tinha tempo suficiente. Eu jurei não mais escrever nada por aqui ou em qualquer outro lugar. Foi uma experiência única conseguir pirar em público. Conseguir expor Eu e Mim Mesma em público, eu mal conseguia me expor para mim mesma! Foi válido, muito válido! Eu cresci o bastante para notar a infantilidade dos meus escritos e os notei pequenos, certamente eu esteja grande demais para caber neles.
Eu deveria cumprir meu anseio de não mais brincar com palavras em papeis, ou de não mais brincar comigo em palavras. Mas hoje, bem... Hoje foi diferente. A alma inquieta voltou, muito embora eu tenha plena consciência de que foi só por hoje, e escrever parece salvar uma alma e eu pareço pequena o suficiente para caber direitinho nas minhas velhas entrelinhas.
Abri o caderno de folhas recicladas e fui folheando tentando encontrar minha revisão de citologia para, ora bolas!, revisar. Entre uma membrana plasmática e um corte de epidídimo achei uma porção de frases soltas que formavam um texto inteirinho. Foram escritas durante o período de adaptação. Eu não conseguiria calar mim mesma tão rápido assim! Logo hoje? Eu passei o sábado lendo Tati Bernardi, a inquietação encarnada. As palavras saltitantes dela aumentaram meu enjôo e desde que comecei a lê-la fiquei louca para vomitar ideias como fazia de costume.
Quanta coisa mudou em mim e ao meu redor? Minhas palavras não conseguiram acompanhar e pareciam se chocar entre si, escrever tornou-se inexequivel! Tornei-me inexequivel. Estava escrito com tinta preta, destacado com marca-texto azul: "Sei lá! Parece que nada pode dar certo, muito menos eu!". Lembrei que havia acordado irritada  com essa coisa que chamam de mim. Lembrei que eu mudava demais, tentava demais, pensava demais, acreditava demais, tais coisas me faziam diferente e eram os motivos da luz, não a que eu emanava para iluminar os outros por aí, mas a que eu pensava ser a melhor para me iluminar: econômica, muitos Watts e muito durável. Durar ela durou, mas esgotou toda energia da termoelétrica, então eu desisti. Desisti de mudar, para continuar sendo diferente. Desisti de tentar e perder do mesmo jeito. Desisti de pensar, porque qualquer coisa que eu vejo é melhor que as que penso. Desisti de acreditar, porque disseram que "viver é melhor do que sonhar".
Respondi a pergunta interior: nada mudou em mim. Fiquei parada, sentada na pedra do meio do caminho esperando a chuva gotejar até ela furar. Já a vida foi rodando, ou melhor, quadriculando por aí. Começou a chover, a pedra nem começou a quebrar e eu estou rachando de frio.

Sabe que na metade do texto eu já comecei a digitar com preguiça? Ficou bem parecido com o que eu era, minúsculo o bastante para alguém que não sabia mais escrever. Estou satisfeita pelo não ser. Agora posso voltar a ser quem eu estava tentando ser por mais um bom tempo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Algo

Estava sentada à mesa de uma lanchonete qualquer e estava estarrecida. As coisas aconteciam rápido demais, pelo menos as ruins, tão rápido que ao se dar conta já estava ali com umas duas bolsas e algumas peças de roupa dentro, pouquíssimo dinheiro na carteira e nenhum plano de ação. Tentava maquinar algo, o cérebro parecia trabalhar rápido, mas tal rapidez não surtia nenhum efeito, só uma dor de cabeça irritante. Aonde ela iria agora? O que faria de agora em diante? E ainda: Onde ia parar? Tinha uma sede interna de respostas e...


-SETENTA E SEIIIIIS!

Graças a Deus! Era seu pedido. Levantou-se e por um segundo pensou não conseguir mais caminhar com destreza. Sentiu-se tonta. Aquela bandeja posta em cima do balcão, ela precisava alcançá-la! Trouxe-a até a mesa. Que sanduíche era aquele mesmo? Não importava. Qual foi a última refeição que fizera? Talvez tenha sido o pão duro no café da manhã... É... Fora isso mesmo. Foi mastigando. Era esquisito comer depois de tanto tempo de estômago vazio, principalmente quando não se sentia fome, só uma leve fraqueza. No momento ela temia que aquela fosse sua última refeição e vejam só! Estava comendo um sanduíche e ele nem tinha bacon, só calabresa! Vida pão dura! Aquele episódio dramático merecia enredo melhor. Sua última refeição deveria conter algum prato com camarão, frutos do mar, escondidinho de charque ou quem sabe um banquete! Era isso, um banquete! Um banquete com vários de seus pratos favoritos. Mas não, aquele sanduíche mequetrefe era o único sabor que seu paladar experimentava.

Espera! O universo não estava conspirando, então aquela não deveria ser sua última refeição, mesmo! Calma, olhe ao redor. Nos filmes as pessoas encontram grandes chances tão facilmente, tão milagrosamente. Os protagonistas pagam seu último centavo na entrada de uma casa de... (o que seria aquilo? Uma espécie de boate, certo?)... E conseguem um excelente emprego, a felicidade bate à porta e as pessoas felizes encontram o amor de suas vidas, tudo isso cantando: Welcome to Burlesque... Vai que algum moço bonito e educado não sentava à mesa junto a ela, puxava uma conversa descontraída e de tão envolvente e gracioso ele a faria contar seu drama épico. Ofereceria emprego e, enquanto ela se organizava, um abrigo na casa dele. Ela seria esplêndida ao desempenhar sua função e logo seria promovida conseguindo o dinheiro necessário para suportar os gastos de um lugar para morar. Contaria ao rapaz, agora tão íntimo dela, que tinha conseguido, que pagaria o aluguel a ele referente aos meses que ela o incomodou e, agradecida, mostraria seu novo endereço. Ternamente diria não poder ter conquistado aquilo sem ajuda dele. Ele olharia no fundo de seus olhos, agora tão infinitos, bem diferentes do dia o qual a encontrou naquela lanchonete, tão rasos... Enfim, olharia nos olhos dela e faria uma declaração de amor. Não! Ele apenas a beijaria. Não. Ele diria qualquer coisa bonita (e ela ainda ia montar esse discurso) então a beijaria. Pronto! Mas como aquilo seria vida real os créditos não iam subir e eles diriam que estão vivendo felizes para sempre. Ele a levaria...

-NOVENTA E UUUUM!

Como assim? O quê? Que horas seriam? Ela passou tanto tempo ali sonhando? Era tarde! Onde ia passar aquela noite? Não poderia, definitivamente, voltar pra casa. Na realidade poderia! Poderia voltar e continuar como estava, vivendo o sonho de outra pessoa, mesmo ele sendo seu pesadelo. Acordando meio zumbi, sem vontade de nada e com vontade de tudo, sem fome, sem esperanças, um futuro sendo trilhado sem o seu consentimento, desgastada com algo que nem a deixaria satisfeita, só mais frustrada (e é até estranho imaginar um nível de frustração maior que aquele). As aspirações árduas que ela conseguia sonhar ultimamente eram só até a festa mais próxima: segurar firme até lá, economizar o dinheiro das entradas e o do álcool, conseguir a roupa certa e confortável, beber muito, extravasar, fugir, voltar, dormir, acordar e iniciar o plano festa novamente. Era isso e fim. Não, ela não poderia voltar. Afinal não era só aquilo. Existia bem mais, bem mais, bem mais do que ela pudesse suportar, pelo menos naquele momento.

-Anda, anda! – Ela disse enquanto olhava de um canto a outro encarando os clientes da lanchonete- Calma, ele vai aparecer! – Ela agora olhava pela janela, procurando alguém caminhando na rua.

Era tarde e o moço estava mais que atrasado. Ela teria de sair da lanchonete e quando ela saísse como ele iria encontra-la? O mundo era vasto demais lá fora, tanto que ela própria tinha se perdido. Anda moço bonito e educado...

Ela esperou o moço não chegar. Agora era tarde pra voltar atrás. Bateu com a testa no vidro da mesa umas três vezes, se quisesse morrer teria de bater com mais força e com aquela cabeça dura, bem mais forte ainda. Repassou inúmeros eventos ruins da sua vida e sentiu-se mais abatida.

-*Por favor, Deus. Por favor! – Ela tentou um prece baixinho . -Eu não posso ter sido uma menina tão má assim. Estou pagando pelo que mesmo, hein? Por favor, vida, faz esse moço chegar, faz esse milagre acontecer, me traz uma surpresa boa, poxa! Mostra uma resposta, uma ajuda, um amparo... – Abriu os olhos e esperou alguns segundos por um sinal, olhou o celular, leu todos os letreiros em volta, calou a mente e tentou escutar o coração, só reparou que ele estava acelerado demais e só ouvia a balburdia dos clientes da lanchonete. - Vida, eu prometo que serei bem desastrada pra você poder rir de mim, vou tropeçar no meio da rua, mas agora não poxa. Ri de mim desse jeito é fogo.

O celular vibrou como foi combinado, era Tereza e ela disse que acabara de sair do curso de inglês. Como Alice ainda estava ali na lanchonete Tereza a levaria com ela para casa. Assim ela teria onde passar a noite e, claro, poderia chorar e aliviar o peso do que tinha acontecido com alguém e ninguém melhor que ela.

(...)

Abriu a porta do carro, deu a última olhada ao redor, ansiosa por algum tipo de milagre e pelo moço. O carro começou a andar deixando a lanchonete para trás. Ela sentiu o estômago embrulhar porque agora... Bem, agora o desastre era oficial.
Eu não entendia nada direito. Tinha um bilhão de coisas espalhadas ali comigo e por ela estar confusa eu ficava pior. Comecei a me inquietar. Eu sabia! Eu estava esperando ansiosa, mas não posso negar que esperava por coisas boas.  Ela me desligou antes que eu achasse qualquer coisa por ali, mas senti que aquela história ia me render mais bagunça ao meu redor. Ela olhava seu rosto pelo retrovisor do automóvel, foi a última cena que vi, então ela nos recolheu!

Explicando

Para iluminar um pouco:
Eu não vejo Alice, não acompanho sua vida todo o tempo. Muito embora eu seja parte dela. Isso mesmo! Somos uma só. Sabe aquela parte da sua mente em formato de botão de emergência, escrito: aperte em caso de apocalipse? Bem. Sou ela, é eu. Muitas coisas que narrarei por aqui não farão muito sentido, justamente porque não fazem muito sentido para mim. Ela me chama para refletirmos juntas um assunto que eu vi só um pedaço. Ela me traz para achar seu pedaço perdido no meio da bagunça que ela deixou acontecer. Sou apenas alguns segundos dessa vida infinita que ela tem.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Bom dia, Alice!

Ela não tinha olhos azuis, muito menos olhos de ressaca como os de Capitu. Não eram verdes nem amendoados, muito menos cor de mel. Eram deveras normais. Pretos como muitos por aí, mas não eram nem de longe como jabuticabas. Tinha os cílios compridos, mas só para não dizer que eram curtos, conhecemos cílios maiores por aí! Às vezes eles eram profundos, às vezes rasos, algumas espelhos, outras reflexos, às vezes encantadores, às vezes não. Eram olhos comuns e agora ela os tinha abertos.
Pensou em dizer bom dia! enquanto aninhava-se mais no colchão, estava só, na cama, na casa, ninguém a ouviria e mesmo assim teimou em dizer.
-Bom dia, Alice!
Não se chamava Alice, bem, não no cartório, mas decidiu que seria assim. Alice era um bom nome, sua mãe não tinha escolhido direito e ela não tinha sido consultada a respeito da escolha do seu próprio nome e sentia-se aliviada. Que tipo de nome um bebê recém chegado escolheria? Mas Alice era um bom nome, como em Alice no país das maravilhas, não graças à garota bobinha seguindo um coelho falante, crescendo e diminuindo. Gostava da pronúncia em inglês: Élícee, porque o som é gostoso de escutar. Virou para o outro lado e ainda quis dormir. Dormiria até a manhã escorrer, diria boa tarde, Elícee!, e continuaria domindo até o sol se pôr. Boa noite, Alice! e dormiria na hora certa. Faria isso hoje, amanhã e depois e depois, mas até quando? Sonharia e poderia viver naquele mundo de sonhos por tanto tempo, afinal ela só notava que estava sonhando segundos após acordar. Percebeu que sua alma morava em um corpo qualquer, com o qual ela não estava satisfeita e ele era frágil o bastante para gritar surdamente em seu cerébro, pedindo coisas. No momento ele precisava de uma ducha quente e  de uma salada de frutas. Seria impossível permanecer ali e só sonhar.
Levantou meio bamba e arrastou-se até o chuveiro. Escorria uma água fria e ela não queria encarar que teria de acordar, mas mesmo assim sentiu a água arrepiar a nuca e eriçar os pelos. Bem... Não havia salada de frutas, nem frutas, nem suco. Não havia nada saudável, deveria ficar feliz e contentar-se com o pão do outro dia (não necessariamente o imediatamente anterior, se é que me entendem!).
Foi da cozinha ao quarto analisando tudo, peça por peça, canto por canto, brisa por brisa. Ela tinha quase tudo, menos o que queria! E ela já quis tanta coisa. Ainda esperava a realização dos sonhos antigos, por isso agora não queria mais nada.
Vestiu-se.
Ecovou os dentes, abriu a porta da frente, apoiou-se com o pé direito e deu seu primeiro passo em direção ao hall, assim mesmo, com o pé esquerdo. Virou-se e trancou a porta. Seu dia tinha apenas começado, ela mal sabia o que a esperava. Inocentemente deu a última volta na chave e caminhou até o elevador. Muita coisa mudaria, como acontece todo dia, mesmo ela nem percebendo. Só que hoje... Hoje eu estou curiosa e queria, ansiosamente, saber sobre a mudança que esperava Alice.
Bom dia, Alice. Bom, dia. Aguardo ansiosa.




(Eu já disse que tem muita porcaria no mundo sem a minha ajuda? Eu apenas perdi a vergonha de me expor, ou perdi a noção das coisas mesmo!)

domingo, 13 de março de 2011

Quando falam dois destinos

Foi quando eu senti saudades suas e lembrei quanto tempo se passou desde a última vez que o vi. Pensei em desejar você aqui, agora, comigo, mas desisti. De qualquer forma estaríamos distantes mesmo.

Respondendo questões pessoais publicamente, com licença!

Que revolta é essa hein? Foi o que me perguntaram. Que revolta é esta? Que pergunta é essa? Eu pensei...

Como uma pessoa como eu deveria se portar? Ah, claro, eu deveria estar triste, pra baixo, abatida, sucumbindo à solidão e à infelicidade, mas isso tudo eu já fiz! O melhor ataque é uma defesa, certo!? E qual seria a melhor defesa? Um ataque? Bem, eu entendi assim. Então não venham questionar o porquê dessa hostilidade. Ora bolas. Eu acordo sem querer levantar, uma luta interna constante, lutando comigo mesma pra conseguir viver. Levantando e enfrentando aquela droga de faculdade que eu nem quero. Dizendo: Mim mesma, você vai levantar sim, vai passar uma hora dentro do ônibus sim, vai assistir a aula sim, vai estudar sim, vai segurar o choro sim; anda mim mesma... Dia após dia, acordando e dizendo: ufa, um dia a menos pra viver, mas pensando: poxa, outro dia que perdi. Quem consegue ser doce assim? Talvez eu esteja doce, doce até demais, por isso todo esse amargor.

Meus amigos? Bem, eu os tenho. Eles estão vivendo as vidas perfeitas deles, com os problemas suportáveis deles. Cada um vivendo os caminhos que escolheram e sofrendo por coisas que eles decidiram sofrer. Eu posso ter decidido sofrer por tudo isso, mas foi inconscientemente. Mesmo assim não era assim que eu via meu 2011. Eu o via meio dois mil e ouse, não assim: apenas aceite.

Tem uma bagunça do tamanho do infinito aqui dentro. Só me restam as festas. Muito embora eu creia na efemeridade delas, elas se mostram minha única certeza. O meu plano para o futuro é aguentar firme até a próxima festa, juntando o dinheiro pra comprar a bebida da noite e, quem sabe, uma roupa nova. Fútil né? Eu sei, mas é o meu vislumbre do futuro e eu tenho plena consciência desse meu equívoco forçado! Sabe como é tenso quando uma pessoa sabe qu algo é errado e mesmo assim só encontra o errado pra se refugiar?

De novo eu não sei onde é minha casa, mas presumo que seja em mim mesma. De novo a sensação de que eu não me encaixo, sempre com arestas sobrando, pontas a serem aparadas, uma intrusa na minha própria vida. Seria tão interessante se pudéssemos escolher a família a qual faríamos parte. Seria tão melhor se pudéssemos escolher se iríamos nascer ou não! Bem, eu não tenho certeza se eu escolhi, alguma parte da minha memória pré-natal e imediatamente pós-natal foi afetada e eu não lembro sobre ter decidido nascer, mas se eu fiz isso: péssima ideia mim mesma, péssima ideia!

Sabe o que é? Essa hostilidade? É saber que não tem saída, que eu não vou morrer só porque eu quero e se eu quiser sairei desse "inferno" para o próprio inferno. Sabe o que é? Essa revolta? É ver tudo o que você queria... Ou melhor, é não ver tudo o que você queria, tudo sumiu da sua frente e você não sabe o que quer mais. Sabe o que é? Essa angustia? É ter que encarar a realidade e ver que escrever não salva mais sua alma e ela vai continuar inquieta.

Alice, já se refez e se desfez incontáveis vezes. Hoje ela não está com amor próprio, ela tem esperanças sem graça, não tem vontade de ser mais nada, não sente bons sentimentos por quase ninguém, não suporta muita coisa, não suporta mais coisas. Hoje foi um dia esquisito pra ela, mais esquisito do que o começo desse ano e todos esses 20 anos. Alguém ou algo vem boicotando sua vida, agora ela ia sair por aí. Ela não tinha um plano, nem o "a", nem o "b". Ela ia andar, fugir da casa que não era dela, da vida que não era dela, do sonho que outro escolheu pra ela. Ela ia sair por aí.
Calma! Ela só ia esperar esse hoje passar, porque o amanhã sempre é uma outra história.

(Pressa, amanhã eu corrijo.)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Parte 2: Colada

Era cedo da manhã e lá fora uma chuva forte rompia o silêncio da casa e o dela. Abriu os olhos e percebeu:  ainda estava viva afinal! Perguntou-se até quando ia fugir daquele jeito. Os problemas ela ia deixando entre o delineador e o blush, mas as festas sempre acabariam, então ela teria de voltar e abraçar todos eles novamente. Bem, aquela festa também acabou e naquela manhã chuvosa ela sentiu que havia chegado.
Depois de quase um mês ela só conseguiu se desempacotar agora. Um mês, mas por ela havia passado apenas um dia, o claro do dia e a noite longa, lembrava isso e mais nada. Tinha chegado! As alegrias penduradas nos cabides, a saudade forrando a cama... Ela esticou os braços de mansinho e um sorriso apareceu. Era sorriso de quem tinha se achado de novo, de quem tinha encontrado o novo, de quem ainda não tinha abandonado o velho.
As malas vazias e ela pensando em enchê-las novamente. Pensava em voltar ao lugar que deixou relutante de si, mas não sabia se seria aquela uma boa ideia. Poderia ficar, festejar e aproveitar outras manhãs chuvosas ainda com o sabor de balada na boca, como estava fazendo agora e era tão bom. Também poderia aproveitar o feriado de carnaval e desfazer a partida e a parte voltaria a ser todo. O todo restante agora já era parte de outras partidas e ela nem notava enquanto ia perdendo pedaços por aí.
O dia foi escorrendo.
A noitinha ela notou que só era uma parte, entendia seu mau-humor dos últimos tempos. Quem conseguiria galanteios e boas maneiras enquanto se tentava caminhar equilibrando-se em uma perna só? Pegou o novo e guardou num baú qualquer, aconchegou o rosto no travesseiro e tratou de dormir, mas antes prometeu:
-Eu volto, só pra sentir doer outra vez! Pra colar e perder meu pedaço de novo, só pra senti-lo uma última vez!
Empacotou-se novamente, mas eu não sei nem o porquê. Ela não vê que outra parte começa a nascer nela? Durma bem.

-Não ficou bem como eu queria. Na verdade não ficou nem o começo do que eu queria. Só desisti pra me livrar :S haha. Vou melhorar, prometo! :)

-                                        LaércioVicente             diz:
Como o que eu senti é que era vc escrevendo,  pra mim ta otimo
-       ThuannyM. diz:
devo postar ?
        -                                        LaércioVicente             diz:
Sim.





terça-feira, 1 de março de 2011

K.R.- Meu boyzinho de jaqueta!


Sei que devo a continuação do texto abaixo e peço desculpas por isso. Há tanta bagunça em mim que eu não consegui encontrar mim mesma debaixo desta casca criada pra me esconder durante estes últimos dias difíceis. Também peço, humildemente, licença para abrir um parêntesis nesse meio termo:
(Seria hoje, dia 01 de março, o aniversário de um certo alguém. Um rapaz esquisito pois teima em escutar tudo o que digo, em ler meus textos, em suportar meus dias de megera, meus dramas pequenos e os grandes também. O distinto rapaz apareceu meio de banda em mim, meio me usando pra alcançar outro alvo, traçou uma linha tortuosa e de tão tortuosa esbarrou em alguém. O moço magro, meio surdo, de voz sonorica, cabelo claro, do riso bobo e andar levemente despreocupado deu um nó em mim.
Desconheço o propósito do infinito quando uniu um ateu a uma ferrenha defensora de Deus (não que Ele precise de um defensor, mas o rapaz insiste em cerrar os olhos, ouvidos e coração- sem debates agora, meu bem), um homem resolvido a uma mulher que mudava de rumo quase todo dia por estar perdida, uma ele a uma mim mesma!
A gente nunca lembra quando as coisas aconteceram de verdade. Elas vão acontecendo. A gente não sabe se foi no dia que me esperou para ir almoçar, ou no meu primeiro dia na pensão o qual tomava café e eu, sedenta por conversas, perturbei seu café da manhã e ele se esforçava entre mastigar o pão e responder minhas perguntas ansiosas enquanto eu segurava a risada escandalosa proveniente daquela situação. Talvez tenha sido na noite, tarde da noite, capital perigosa, pão farto à mesa e eu farta de pão, o fast food perto dali, eu medrosa, ele bom coração e os dois pulando com medo das baratas que povoavam a esquina (eu sei, eu sei, não foi você, mas eu adoraria ter visto você pulando com medo de uma barata). Não de repente ele começou a bater à janela do meu quarto às quatro horas da madrugada pedindo que eu abrisse a porta para ele entrar. Não de repente ele olhava atenciosamente eu e meu ritual noturno de cuidados com a pele. Não de repente nós conversávamos como dois idiotas que se conheciam desde o infinito.
A distância física veio, foi, voltou, cutucou, catucou... Sempre havia um celular e as longas conversas sobre praticamente nada, sempre havia uma ligação e uma ligação telefônica em formato de desabafo e sempre havia um ouvido mouco desdobrando-se para ouvir meus lamentos e aventuras do outro lado. Quando reparei havia alguém confiável, capaz de ouvir tudo que eu estivesse disposta a falar, sensível o bastante para saber insistir nas ligações para conversar mesmo eu estando de TPM, homem o bastante para desbravar meio mundo para irmos a um lugar qualquer que não valeria a pena. Alguém com a dose certa de amnésia para que eu fosse capaz de contar muita besteira que faço nesse mundo, mundo, vasto mundo e que, de uns tempos pra cá, esqueceu de esquecer e lembra coisas até demais! Atencioso, amável...
O rapaz já presenciou tantos presentes de aniversário que eu montava, via minha euforia e preocupação com a reação alheia. Viu meu esforço para fazer feliz quem não se importaria tanto em me fazer feliz e não retribuiu o que eu fiz por ele apenas pelo fato de eu não ter feito nada por ele, porque no meu aniversário lá estava, posto prontamente, como sempre esteve. Hoje o tempo veio e revelou quem era quem e hoje me encontro sem ânimo e sem dinheiro para presenteá-lo.
Conforta-me conhecê-lo para saber que dizer 'parabéns' bastará.
Novamente digo desconhecer o infinito e entristeço quando tento descobrir como alguém tão pequena como eu pôde conhecer alguém tão grande. O moço aí merecia coisa melhor! Então parabéns para mim... e você, meu caro, desculpa a má sorte, mas eu é que não vou reclamar!)

Fecha parêntesis. Parabéns! (L)

(Perdoe-me, esse sim não foi revisado, ou melhor, foi, mas estou sonolenta, é tarde e tenho faculdade amanhã! Isso me redime? Espero que sim.)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Parte 1: Partida

O ano havia acabado, só agora ela notava isso de verdade. O ano, o mês e ela. Ela estava acabada, sentia como se furtassem sorrateiramente seu sorriso, ela sabia que conseguiria outros, mas não mudava a inquietação instalada nela justamente naquela noite. Após muita relutância ela começou a desfazer o seu mundo para empacotá-lo. Enquanto retirava as peças de roupa do armário tentava lembrar quanto tempo fazia desde que ela chamou um lugar de lar com a ternura merecida. Finalmente sua casa cheirava a casa, seu quarto era terno, arisco e memorativo como um quarto de uma jovem deveria ser. Analisava as cores, a cama, o espelho e de forma inconsciente seu reflexo. Sua mente incomodava bastante, aqueles pensamentos rápidos a faziam latejar e uma música talvez melhorasse o estado do estado de espírito dela. Selecionou todas a músicas do computador e voltou-se às malas outra vez. Tentando entender a vida e seus pormenores: por que algumas coisas simplesmente não aconteciam como ela queria? Por que ela teria de partir justamente agora? Por que...? Como...? Quando...? Será...? Onde...? O que...? Eu...? Ela dobrava e empacotava peça por peça. Perambulando entre as lembranças que as músicas fizeram ressurgir ela teimava em não entender. Teimava em querer mais, teimava em não estar satisfeita e teimava em não desistir.
Agora era hora de ir embora. As malas postas no carro e ela empacotada dentro de si. Era curto o trajeto até a saída da cidade, mas eram longas as lembranças, e como era doído revivê-las rua a rua. O carro ia sumindo na pista e muita coisa aparecendo nela.

(Continua...)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu desejava um convite seu para sentar-me aconchegada entre almofadas e assistir ao filme mais ridículo que a locadora disponibilizasse, seria o pretexto para comermos pipoca e chocolate. O filme rodaria enquanto ninguém o notava e riríamos incontrolavelmente das nossas próprias bobagens. Eu esperava a piscina tão convidativa não pela água quentinha a noite ou gelada durante o dia, não pela carne tão salgada e batata bem crocante, mas pelo conforto dos braços e abraços desgrenhados na água sem culpas. Eu pensei que você me chamaria a sorveteria e com um pote enorme de sorvete e várias colherinhas nele nos derreteríamos. Eu gostava do seu chamado para fazer nada e com nada nos enchíamos até a tampa.
Você notou algo diferente em mim e pensou que de ali em diante seria assim. Então eu não tenho certeza quando começou, só sinto um pigarro, uma coisa engasgada em mim e eu não consigo pô-la fora.


(Eu não consegui terminar, então só eu sei quão bonito esse texto seria. Como só eu o senti!)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O meu forró ( Em andamento)


Talvez esta seja a postagem mais ridícula já feita até então. Porém, talvez, seja esta a mais altruísta e interessante. Escritos sempre salvam almas, sempre salvei a minha e hoje, por meio deste, venho aqui trajar-me como advogada do diabo para salvar outra ou outras.
O mundo é um deleite de vozes ativas e passivas com opiniões espalhadas por todos os lugares, logo não avisto problema em defender o tal réu e minha opinião.
“O Ministério da Saúde adverte: Ouvir forró causa doenças auditivas e atrofia do cérebro. "
Aguiralfre Furtado


Pasmem! Sim. Estou aqui para defender o forró, mas não o consagrado por Luiz Gonzaga, porque este não é alvo de tantas calunias como o forró eletrônico ou estilizado (tido por muitos como não sendo forró). Os antigos "rastapés" sob os fungados da sanfona, o baião, o xote são ritmos que agradaram os antigos boêmios nordestinos, entretanto esse novo "forró", fazendo uso da guitarra elétrica, teclado, contrabaixo etc, agrada a nós, os jovens.
Está para o Brasil (e por que não dizer para o MUNDO?) contemporâneo como a semana da arte moderna estava: incompreendido. Ele apenas está acompanhando as tendências e alguém, em algum lugar, certa vez não afirmou que as coisas simplesmente evoluíam? Novas tendências, novo público alvo, contexto histórico e estamos preparados para chamar isso de "escola literária" (já dizia meu livro de literatura que, posto ali, sobre a estante pareceu-me tão útil agora, pós ensino médio).
Podemos sim generalizar e afirmar que esse novo estilo não possui letra, como também podemos generalizar e afirmar que esse estilo possui letra. Ora, não me venha afirmar veemente que todas as obras publicadas no parnasianismo, simbolismo, ou seja lá o que for, foram best-sellers, TODAS. Tal como tantas outras formas de expressão, o forró possui seus altos e baixos, e para cada arte existe uma alma que queira senti-la, mesmo sendo essa alma a do próprio autor!
Bandas com Garota Safada, Aviões do forró, Forró dos Plays e outras estão por aí, movendo o imaginário. Meu bom-senso ainda existe quando afirmo que algumas letras realmente são desprovidas de uma bagagem sentimental, mas digo só sentimental. Eu escuto forró e conheço muitas letras tidas como esdrúxulas, ao contrário dos que afirmam isso eu consigo ir mais além. As letras não mais secretam o erotismo, estão cada vez menos ambíguas e alguns temem que isso influencie os nossos jovens. Pois bem, vejo as letras de forró não como "lançadoras de ideias”, mas como um espelho, um reflexo, uma imagem da realidade, só que cantada com bons olhos. Ainda irei citar as letras, as letras que arrepiam, por enquanto eu cito as que falam de boa vida, de dinheiro... Quais ideias horrendas estão sendo semeadas pelos cantores? O superficial vem sendo plantado por anos a fio. Poucos conhecem o outro lado: as letras pelas quais os dedos são levantados para o céu como se apontasse uma estrela e fizesse um pedido de amor, ou pedido de amenizar as pontadas que se intensificam a cada frase. Poucos conhecem as letras pelas quais os copos são erguidos como quem brinda com o vento. Tais letras expostas sem título, sem autor muitas vezes são bem aceitas, basta adicionar a informação de que se trata de um forró e tudo parece mudar. Oh céus! Isso vai além de "pré-conceito".
Quantos e quantos já se renderam às festas de forró? Só eu conheço vários. A dança colada que também pode ser dançada só, permite estripulias e rodopios, permite conversas ao pé do ouvido, permite amigas conversarem, permite confraternizações...
Não vim querendo convencer o mundo a escutar forró. Vim para barrar esse pré, pós e contínuo conceito. Outra pessoa também disse mais ou menos isto: não existe música boa ou ruim, existe música que você não gosta. Agora eu digo: se eu aprendi a gostar de certas coisas, por que uma parte da humanidade não poderia?
Falou Thuanny Maryna, Serra Talhadense e "forrozeira".

P.S.: Experimentem e não se preocupem com a tal atrofia do cérebro, estou em fase avançada e mesmo assim redigi o texto acima e garanto que tal atrofia não atrapalhará minhas funções motoras e psicológicas, posso até ficar gaga, mas não graças ao forró...
"Eu vou fazer uma banda só pra tocar forró, quero que o mundo saiba que não há nada melhor..."