Hoje em dia é raro, para não citar impossível, encontrar um ser humano que seja a expressão exata de si. Sofrer e estar aberto às influências é tão inerente à nós quanto a necessidade de auto-afirmação. Assim é comum observar grupos cujos participantes identifiquem-se. Essas afinidades estão sendo regidas de tal forma que englobam boa parte da população mundial.
A mídia, a globalização, ou seja lá o que for, gerou uma vitrine de mesmices na qual a única dificuldade é escolher um dos produtos expostos ali. Aliado à deficiência de ponderar estilos, ideias e ideais, as imposições tornam-se bastante atrativas e são facilmente acatadas. Então seria cômico ver um e outro titubearem que são dotados de um identidade livres de esteriótipos. Afinal eles nunca pararam para perceber que as verdades chamadas de "minhas", hoje são "nossas" e ponto, sem reflexão.
Os valores genéricos deixaram a sociedade enfadonha e suscetível em demasia. Compactuando com qualquer pensamento chulo, os alicerces que permitiam a ela uma diversidade escandalosa garantem apenas a estrutura simples e direta do sim e do não.
A carência do reticências bloqueia a capacidade crítica e as pessoas passam a ser frutos sem nunca terem sido sementes. A autenticidade deu lugar a plágios, inicialmente inofensivos, que furtaram a criatividade individual. O simples ato de refletir não só a traria de volta como permitiria a fluidez de novos horizontes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário